O estudo avaliou 587 pacientes com suspeita de AVC atendidos via teleneuroregulação pelo CEANNE entre 2019 e 2022. A pesquisa analisou perfil clínico, achados tomográficos, tempo de atendimento, indicação de trombólise e necessidade de encaminhamento emergencial.
Principais achados
Distribuição dos tipos de AVC:
40,37% AVC hemorrágico
29,64% AVC isquêmico novo
23,68% AVC isquêmico antigo
6,3% HSA aneurismática
Tempo de atendimento
A teleneuroregulação iniciou em até 30 minutos em 100% dos casos.
Tempo médio entre início, avaliação da TC e decisão terapêutica: 93,4 minutos.
Trombólise
Indicada em 5,38% dos casos de AVC isquêmico — baixa taxa principalmente por chegada fora da janela terapêutica.
Importância da tomografia
Forte associação entre alterações tomográficas, indicação de trombólise e encaminhamento emergencial.
35% dos pacientes com alterações na TC foram encaminhados emergencialmente.
Encaminhamento emergencial
199 pacientes (33,9%) necessitaram transferência urgente.
Encaminhamento emergencial teve associação significativa com histórico clínico, presença de lesão cirúrgica e alterações na TC.
Conclusão
A teleneuroregulação demonstrou grande impacto na agilidade e precisão do atendimento de AVC no Brasil, oferecendo suporte especializado em tempo real e possibilitando decisões rápidas mesmo em regiões distantes. O estudo reforça a importância da TC no processo decisório e destaca o potencial da teleneurologia para melhorar desfechos e reduzir mortalidade em um país de dimensões continentais.


